Sensação de 'barco numa maré forte' e tontura: brasileira relata tensão em meio a terremoto na Ásia
30/03/2025
(Foto: Reprodução) Catarinense Bárbara Luchetta está como turista na capital da Tailândia. Tremor de magnitude 7,7 que deixou pelo menos 1 mil mortos teve como epicentro o país vizinho Mianmar. Catarinense Bárbara Luchetta relata tensão em meio a terremoto na Ásia
Foi no terceiro andar do Museu de Arte Contemporânea de Bangkok, capital da Tailândia, que a publicitária brasileira Bárbara Luchetta da Fonseca, de 32 anos, sentiu os efeitos do forte terremoto que atingiu o sudeste da Ásia e teve como epicentro o país vizinho, Mianmar. O abalo deixou mais de 1 mil mortos, centenas de desaparecidos e destruiu casas e prédios inteiros.
Bárbara, que é de Blumenau e vive atualmente em São Paulo, está em turismo na capital tailandesa desde terça (25). Ela visitava o museu na sexta (28), quando ocorreu o terremoto.
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Em entrevista ao g1, ela contou que está bem, já se comunicou com a família, e que a região onde está não ficou entre as mais atingidas, porém, relatou o desespero da população com o tremor de magnitude 7,7.
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"Logo que tocou o alarme, os quadros [expostos] começaram a descolar [da parede] e bater com um barulho muito estranho e aí eu comecei a entender que alguma coisa estava errada. Nesse mesmo momento comecei a me sentir muito tonta, porque a sala começou a fazer esse movimento assim, como se eu tivesse dentro de um barco numa maré forte", detalhou.
De Bangkok, onde Bárbara está de férias, veio uma dos registros mais impressionantes dos efeitos dos tremores, onde um prédio em construção desabou completamente, deixando 101 desaparecidos (veja o vídeo abaixo).
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Nas primeiras horas após o terremoto, Bárbara relata a incredulidade dos tailandeses em relação ao ocorrido, pois, segundo ela, a população não está acostumada com esse tipo de evento.
"Foi a primeira vez que em muitos anos que teve um terremoto como esse. Então, eles estavam tão assustados quanto os turistas e eu diria que até mais, porque para mim nunca tinha passado por um terremoto, então eu não tinha noção do que era", completou a publicitária.
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Em meio à tensão, Bárbara conta que o principal impacto momentâneo foi no transporte público, onde os serviços ficaram paralisados por várias horas, o que a impediu de retornar para onde estava hospedada.
"Sei de outras pessoas que tiveram mais dificuldade para poder se locomover, que estavam com mais medo, passaram por situações mais desesperadoras".
Apesar do susto e em função dos poucos estragos na região onde está, Bárbara diz que pretende continuar a viagem de turismo pelo país com os cuidados redobrados.
"Acho que isso fez toda a diferença para eu não querer sair da Tailândia nesse momento, continuar com os meus planos, mas também me acendeu o alerta. Fiquei mais preocupada e busquei mais informações sobre tsunamis ou sobre o que eu preciso fazer é em caso de um novo terremoto, porque no Brasil não recebemos nenhuma instrução, a gente não sabe como agir nesses momentos", reforçou.
Mapa localiza o epicentro do terremoto de magnitude 7,7 desta sexta-feira (28).
Arte/g1
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